O poeta queima voluntariamente

 

Hoje tem O poeta queima voluntariamente, de Luiz Felipe Leprevost: Dos cinco capítulos, destaco "Seis cafés", conjunto de seis poemas ambientados, deflagrados a partir de cafés, reais ou imaginários. A realidade até pode ter participado, mas especialmente a partir do distanciamento e daquele lembra-esquece-lembra-inventa, o autor recria experiências dialogando com tradições e vanguardas e inventa imagens ("Tem vezes isso tudo/ é o miolo de um iceberg."), evoca mitos ("A neblina é uma floresta de vapor por onde os meus mortos vieram abrindo picadas.") e, desenhando com versos, brinca com a possível imagem que ele, o autor, o Luiz Felipe Leprevost, pode representar para alguns enquanto escreve, curvado sobre o caderno: "Dos olhos pingam gotas de alguma coisa, que não sei o que é e que ninguém pode ver. A mão. A mão é uma selvagem alegria - sim, a figura de um Quasímodo no canal do poema".

Os seis poemas costurados em "Seis cafés", mais do que a respeito de cafés, também ambientados dentro e no entorno de cafés, são, mais que tudo, poemas, tantas imagens ("Sou a carcaça de um freezer."), tantos sons, e silêncio: "E eu nunca tive a melodia, é verdade. Mas de vez em quando acerto de um jeito na veia que ninguém mais consegue."

Amanhã, 2 de maio, Luiz Felipe Leprevost e Fabiano Vianna participam da décima segunda edição de "Às vezes, aos domingos", a partir das 17 horas, no Instagram @luizfelipeleprevost.

Se puder, participe.

Soma de Ideias, Tulipas Negras e Coalhada Artesanal Preciosa são as empresas apoiadoras do projeto que idealizei em parceria com o Guido Viaro.


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