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Mostrando postagens de setembro, 2010

Daqui a um mês, autógrafos em Curitiba

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Aquilo que viaja do avô para o neto

Entrar em Baú de Ossos é viajar pelo mundo de Pedro Nava (1903-1984) e ao mesmo tempo rumo ao nosso próprio passado. O livro de memórias desse autor mineiro chegou às minhas mãos em 2003 e, nesses sete anos, não consegui ultrapassar nenhuma página. Primeiro, era um compromisso inadiável. Depois, uma ideia-fixa que me afastava da leitura. Isso quando no andar de cima não acontecia uma performance de saltos altos a batucar ou um show de rock-and-roll seguia, em moto-contínuo, com toda distorção possível dentro de mim. Foi apenas nesta primavera de 2010 que, sabe-se lá como, entrei, e sigo diariamente, pelas páginas da obra. Nava recupera os seus ancestrais e é difícil abandonar a leitura. Inclusive, neste momento, a fruição do livro é tão esperada, por mim, como já foi, em tempos recentes, a expectativa por todo capítulo da novela Caminho das Índias . Entre a lembrança de um bisavô e de outra avó, Nava apresenta aos leitores algumas constatações, que fizeram com que ele carimbasse o

Meu amigo dá nome a uma linda e risonha cidade

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Pois é, eu a desembarcar no Salgado Filho, caminhava pisando em ovos ou astros um tanto desligado e, ora direis, ouvir o som do aeroporto, vem a mensagem: bem-vindo a Sergio Napp! Ora, tchê, o que seria isso? Um, dois, três, passos, nenhuma ficha caiu, apenas a informação a se confirmar: Porto Alegre não se chamava mais Porto Alegre, a capital gaúcha tinha novo nome: Sergio Napp. Bah! Gritei. Bah! Exclamei. Bah! Me esganei. E saí a correr, correndo. Amo Porto Alegre, adoro a cidade, gosto do povo, das ruas, do Guaíba e, finalmente, o meu amigo havia sido reconhecido. O meu grande amigo, a minha primeira amizade gaúcha construída ao acaso lá pela rabeira de 2002, pouquinho antes do nascer de 2003. Entro em um táxi e peço para seguirmos rumo ao sul da cidade, onde fica a casa do Sergio Napp. Mas não digo onde pretendo ir, uma vez que a cidade, agora, se chama Sergio Napp, e talvez o condutor do veículo não acreditasse, sei lá. Napp e a sua mágica, suas caixas de guardados, a sua

Toda vez que eu ouço o Solda, tenho vontade de ler Jimi Hendrix

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O que veio primeiro? O som do Hendrix ou o traço do Solda? Não lembro e prefiro que assim seja: pouca ou nenhuma precisão e mais nebulosidade na memória. Mas que os dois se parecem, sabe: poderiam até ser gêmeos, se é que não são. Se não são gêmeos, gênios certamente ambos são. Fecho os olhos e sei que no aparelho de som é o Hendrix a solar. Da mesma maneira: é bater os olhos em um desenho e identificar que o traço é do Solda, mesmo que ele não assine. É isso: Hendrix e Solda não precisam assinar. O solo de Solda é inconfundível em All Along The Watchtower , da mesma maneira que a pegada do Hendrix é inconfundível naquele Almanaque do Professor Thimpor . Não é isso? O Solda, ao fazer versões de Bob Dylan, se apropriou das canções. Hendrix também: se ele ilustra um livro, por exemplo, de um cronista, bye bye prosa – o que fica para quem lê são aqueles traços, aquela maneira de mostrar o ser humano com as suas contradições, conflitos e delírios de todo santo dia, desde as cavernas. Se

A capa

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Olá, eis a capa de meu livro, que a Record disponibilizará a partir de outubro. Arte da Carolina Vaz. Viva!

No Rascunho

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Na edição de setembro de 2010 do jornal Rascunho foi publicado o conto "De Teletransporte Nº 2", que estará no livro Minda-Au , a minha estreia na ficção, a partir de outubro, disponível nas livrarias brasileiras, em edição da Record.

Minda-Au(zinho)

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No Rio de Janeiro, em junho deste 2010, meu filho, Vitor, com pouco mais de 1 ano, a mesma idade que eu tinha quando pronunciei Minda-Au , a primeira, no máximo segunda palavra que saiu de minha boca nesta vida, e que agora dá nome ao meu primeiro livro.