Sexo

 

Narrativa para sentir prazer da primeira até a última frase, incluindo todo o conteúdo por 143 páginas – isso na versão da 7Letras, publicada em 2001, a segunda edição do livro. Sexo começa com a frase: “As caixas de som, no teto do elevador, emitiam a música de Ray Coniff”. Não que a sonoridade do arranjador seja, para mim, não sei se para você, estimulante. A obra é irônica, crítica, inventiva, envolvente. Sexo mostra possíveis relações em um contexto corporativo, em que cada ser, no caso do livro, cada personagem é o que ele representa para a corporação em que está conectado, empregado, melhor dizendo, escravizado. Nada de Lucas, Mateus, Marcos e João. Nem Emília, Benta, Narizinho ou Nastácia. Em Sexo tem o Executivo De Óculos Ray-Ban, a Gorda Com Cheiro De Perfume Avon, a Secretária Loura, Bronzeada Pelo Sol, o Ascensorista De Bigode, o Chefe Da Expedição Da Firma e outros. Há personagens, em Sexo, que necessariamente não estão em uma corporação, mas talvez um dia venham a estar, como o Adolescente Meio Hippie, ou já estiveram, como a Jovem Mãe. Mas, enfim, não vai ter nem ameaça de spoiler. Sexo, bom, Sexo é linguagem, uma experiência inesquecível. Tanto que, se você vier a conhecer, vai querer revisitar. Quem sabe, mais de uma vez. Are you experienced?

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