Alguma poesia

 

Cem? Duzentas? Trezentas vezes? Mais, certamente li já nem sei quantas vezes esse que é não apenas o primeiro livro do Drummond, mas talvez uma das estreias mais impactantes. Durante o século 20, ele iria se afirmar como poeta (e que poeta, hein?), inserindo no imaginário nacional alguns de seus muitos versos, como o do poema “No meio do caminho”: “tinha uma pedra no meio do caminho”. Tem tanto neste livro, já no primeiro texto, o “Poema de sete faces”, aquele em que a voz poética sugere que, ao nascer, um anjo torto, dos que vivem na sombra, teria dito a ele: “Vai, Carlos! ser gauche na vida”. Alguma poesia tem muita, muita poesia. Tem mais. A maneira de dizer, e o que é apresentado em versos: a infância, as contradições humanas, a inveja (“Política literária”), o humor, tanto sobre e a partir do amor, e do desamor, que eu não devia te dizer, mas essa lua, mas essa cerveja e esse vinho, botam a gente comovido como o diabo.

A convite do Jonatan Silva, escrevi sobre Alguma poesia e outros 4 livros, conteúdo publicado no site do Sesc Paraná.

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