Olhos ao sol

A face da lágrima
sorrindo no globo de vidro
desliza como serpente
pelos galhos dos cílios

Entre músculos e ossos
a névoa de sal líquido
cobre a chama que se recolhe

Em alguns momentos
é necessário arrancar os olhos
e secá-los ao sol

Poema de Marcos Losnak publicado em Um urso correndo no sótão (2002).

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