O conto em debate no Museu Guido Viaro
O escritor pernambucano
Alexandre Furtado e o curitibano Marcio Renato dos Santos participam do evento
“Experiências do Brasil”, bate-papo a respeito do conto no dia 16 de julho, a
partir das 16 horas, no Museu Guido Viaro, em Curitiba. Ambos são contistas e,
após o debate, Furtado autografa Os
mortos não comem açúcar (Confraria do Vento, 2016) e Santos vai assinar Finalmente hoje (Tulipas Negras, 2016).
A entrada é franca.
O
encontro tem o nome de “Experiências do Brasil” por reunir dois autores de
regiões distintas. “Cada um vai falar sobre o seu processo de criação, os seus
temas, obsessões, quais as semelhanças e diferenças entre os seus imaginários, e se há influência do lugar onde cada um vive em sua
respectiva obra”, comenta Guido Viaro, escritor e diretor do Museu Guido
Viaro, batizado em nome de seu avô homônimo, um dos pioneiros da pintura no
Paraná.
Viaro
diz que, apesar do pouco apelo comercial, o conto é um dos gêneros mais
representativos da literatura brasileira. “É importante colocar o conto no
centro do debate, até pelo fato de o país ter inúmeros contistas de qualidade”,
afirma, referindo-se, entre outros, a Dalton Trevisan, que recebeu homenagem no
espaço com uma sala, onde estão expostos livros e outros objetos como jornais e
revistas que mostram a relevância do “Vampiro de Curitiba”.
Os contistas
Alexandre Furtado, 46 anos, é recifense e
professor na Universidade de Pernambuco (UPE). Autor de um livro de poemas, De ruas e Inti-nerários (Cepe, 2010), o
escritor — em sua estreia no conto — recriou literariamente o Recife da década
de 1970 em 14 narrativas breves que, em conjunto, também funcionam como uma
longa e fluente narrativa. O erotismo é um dos pontos altos dos contos de
Furtado, que reelaborou, com habilidade incomum, a oralidade pernambucana em
sua escrita literária.
Já
o curitibano Marcio Renato dos Santos, 42 anos, apresenta em Finalmente hoje, o seu quinto livro de
contos, também 14 narrativas, nas quais o aspecto comum é o impacto do tempo,
seja o passado deflagrado a partir de alguma sensação do presente ou um
ziguezague do presente rumo ao futuro, e vice-versa. Jornalista e mestre em
estudos literários pela UFPR, Santos dedica-se exclusivamente ao conto e já
autografou alguns de seus livros anteriores, como Golegolegolegolegah! (Travessa dos Editores, 2013), 2,99
(Tulipas Negras, 2014) e Mais laiquis (Tulipas Negras, 2015), no Museu
Guido Viaro.
“Será
uma satisfação conversar sobre o conto em Curitiba, no Museu Guido Viaro, um
dos espaços culturais mais interessantes da cidade”, diz Furtado. “É uma ótima
iniciativa colocar o conto em debate e dialogar com um autor tão expressivo
como o Alexandre Furtado”, comenta Santos. “Será uma celebração do conto”,
acrescenta Viaro.
SERVIÇO:
“Experiências do Brasil”, debate sobre o conto, com Alexandre Furtado e Marcio
Renato dos Santos
Dia
16 de julho, sábado, a partir das 16 horas
Museu
Guido Viaro (R. XV de Novembro, 1.348), centro de Curitiba (PR)
Lançamento
dos livros Os mortos não comem açúcar,
de Alexandre Furtado (R$ 48,00) e de Finalmente
hoje, de Marcio Renato dos Santos (R$ 29,90)
Entrada
franca
Mais
informações (41) 3018-6194.
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