Deu na coluna do Aroldo Murá: dia 16 de julho tem debate sobre o conto no Museu Guido Viaro

Deu na coluna do Professor Aroldo Murá: dia 16 de julho tem debate sobre o conto no Museu Guido Viaro. Alexandre Furtado e eu vamos conversar com o público e autografar nossos livros recentes.

Confira a notícia:

Que o Museu Guido Viaro é um dos espaços mais importantes da capital paranaense, ninguém tem dúvida. A começar pelo fato de abrigar e expor o acervo de um dos pioneiros da pintura no Estado, o artista que empresta o nome ao espaço. Mais que isso. O Museu, situado na Rua XV de Novembro, 1.348, também abre espaço para autores vivos mostrarem os seus trabalhos, além de também promover exibição e debates sobre filmes e lançamentos de livros.
Agora, o espaço cultural inova e realiza, no dia 16 de julho (sábado), a partir das 16 horas, o projeto “Experiências do Brasil”. A cada encontro, dois autores, de regiões diferentes, estarão debatendo um assunto. Para a primeira edição foram convidados o escritor pernambucano Alexandre Furtado e o curitibano Marcio Renato dos Santos. Eles vão conversar a respeito do conto e, em seguida, autografam os seus livros recentes, respectivamente: Os mortos não comem açúcar (Confraria do Vento, 2016) e Finalmente hoje (Tulipas Negras, 2016). A entrada é franca.
O diretor do Museu, Guido Viaro, escritor que tem o mesmo nome do avô pintor, explica que, no evento “Experiências do Brasil”, cada autor vai falar sobre o seu processo de criação, os seus temas, quais as semelhanças e diferenças entre os seus imaginários, e se há influência do lugar onde cada um vive em sua respectiva obra.
Viaro diz que, apesar do pouco apelo comercial, o conto é um dos gêneros mais representativos da literatura brasileira. “É importante colocar o conto no centro do debate, até pelo fato de o país ter inúmeros contistas de qualidade”, afirma, referindo-se, entre outros, a Dalton Trevisan, que recebeu homenagem no espaço, com uma sala onde estão expostos livros e outros objetos como jornais e revistas que mostram a relevância do “Vampiro de Curitiba”.
OS CONTISTAS
Alexandre Furtado, 46 anos, é recifense e professor na Universidade de Pernambuco (UPE). Autor de um livro de poemas, De ruas e Inti-nerários (Cepe, 2010), o escritor — em sua estreia no conto — recriou literariamente o Recife da década de 1970 em 14 narrativas breves que, em conjunto, também funcionam como uma longa e fluente narrativa. O erotismo é um dos pontos altos dos contos de Furtado, que reelaborou, com habilidade incomum, a oralidade pernambucana em sua escrita literária.
Já o curitibano Marcio Renato dos Santos, 42 anos, apresenta em Finalmente hoje, o seu quinto livro de contos, também 14 narrativas, nas quais o aspecto comum é o impacto do tempo, seja o passado deflagrado a partir de alguma sensação do presente ou um ziguezague do presente rumo ao futuro, e vice-versa. Jornalista e mestre em estudos literários pela UFPR, Santos dedica-se exclusivamente ao conto e já autografou alguns de seus livros anteriores, como Golegolegolegolegah! (Travessa dos Editores, 2013), 2,99 (Tulipas Negras, 2014) e Mais laiquis (Tulipas Negras, 2015), no Museu Guido Viaro.
“Será uma satisfação conversar sobre o conto em Curitiba, no Museu Guido Viaro, um dos espaços culturais mais interessantes da cidade”, diz Furtado. “É uma ótima iniciativa colocar o conto em debate e dialogar com um autor tão expressivo como o Alexandre Furtado”, comenta Santos. “Será uma celebração do conto”, acrescenta Viaro. Mais informações (41) 3018-6194.

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