Dois poemas do Luiz Antonio Solda

a vida passa assim:
na metade
já estamos no fim

//

é  preciso que se morra
mas que se morra aos poucos
devagar
dentro do horário
com cautela
sem onerar o erário
é preciso morrer
na disciplina protocolar
parar de respirar
sem nenhum comentário
morrer
é muito particular

Poemas de Luiz Antonio Solda publicados em Kamikase do espanto (2001).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Fabiano Vianna é o convidado mais do que especial da penúltima (e sétima) aula da oficina de contos com o Carlos Machado no Farol das Cidades, aqui na capital paranaense

Rádio Educativa e TV Paraná Turismo levam prêmios de jornalismo