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Mostrando postagens de maio, 2018
Domingo com Onde se amarra a terra vermelha, do Marco Cremasco
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Um episódio na ex-quinta comarca
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O Coronel passa ao lado de Moe, Larry e Curly, e nenhum deles diz oi, bom dia ou como vai? Eles talvez nem tenham percebido a presença do Coronel que, há onze anos, saiu de cena. Perdeu trinta quilos e parte do cabelo. Hoje, ele usa tênis de corrida, calça jeans, camiseta e um casaco preto. Anteriormente, paletó e sapatos italianos eram o uniforme do Coronel, pelo menos no ambiente de trabalho. Mas as sobrancelhas pretas, os olhos verdes e o olhar, atento, são os mesmos do sujeito que, anteriormente, distribuía ordens, dinheiro, determinava o presente, reescrevia o passado e inventou o futuro para a Tulipas Negras, empresa que seu pai fundou e que ele, Coronel, transformou em um empreendimento lucrativo. Se Moe, Larry e Curly não perceberam a presença do Coronel, ele observou com atenção o trio. Ao caminhar por uma rua com pouco movimento, o Coronel analisa que os três envelheceram...
A certeza das coisas impossíveis por apenas R$ 23,75 na Americanas
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A certeza das coisas impossíveis na Prateleira do Rascunho 217, maio de 2018
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A certeza das coisas impossíveis (Tulipas Negras, 2018), meu sétimo livro de contos, está na Prateleira do Rascunho 217, de maio de 2018. Em seu sétimo livro de contos, Marcio Renato dos Santos elabora 11 ágeis narrativas que partem de situações banais para evidenciar o absurdo do ser humano, valendo-se de um humor peculiar para aplacar a melancolia sutil das histórias, criando personagens singulares, cada qual com suas obsessões — como a publicitária feminista Helô e seu contratante hipocondríaco e pervertido, Gerson, ou a breve empreitada sexual/existencialista de uma Penélope moderna, que, se entrou para a história como a mítica esposa do herói grego Ulisses, aparece aqui como uma predadora sexual tentando mudar de vida.
Vertigo [Passo a passo]
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Rômulo entra na loja que conserta sapatos. O estabelecimento funciona há meio século e é frequentado por pessoas que, ao invés de comprar produtos novos, trocam a sola ou encomendam conserto. Mas algo deve estar errado. Rômulo não costuma usar esse serviço. Ele é consumidor de sapatos italianos. Quando seus produtos estragam ou gastam devido ao uso, ele compra novos, muitas vezes durante as temporadas que passa no exterior. Esse personagem, o Rômulo, permanece algumas horas de segunda a sexta em um imóvel de duzentos metros quadrados. Quem passa em frente à casa não desconfia que ali está instalado um escritório que, em alguma medida, mantém o equilíbrio da sociedade. O negócio é sigiloso, envolve diretamente menos de dez pessoas e funciona. Mais que tudo, movimenta dinheiro. E dinheiro é o que define e justifica a presença de Rômulo neste e em outros enredos. Já o sujeito que está dentro da Sapataria Central se chama Fulano. Ele e Rômulo são parecidos fisicamente, os...