O próximo da fila

Hoje tem O próximo da fila (Editora Record, 2015), do Henrique Rodrigues: Finalizo outra leitura deste romance do Henrique Rodrigues e faz eco em meu imaginário uma estrofe do poema “Último aviso”, do Paulo Leminski: “tinha que ser dor e dor/ esse processo de crescer”. Durante quase todas as 191 páginas da narrativa do Henrique, o personagem-centro experimenta inesperados desconfortáveis. Perde o pai, a família muda-se para ajustar o orçamento e ele, o protagonista, vai – estudante – também trabalhar: “Os dias apertados vão se tornando os dias que cabem na minha existência, passam cada vez menos pesados. Isso porque, contrariando até as minhas próprias expectativas, começo a me tornar menos inábil, passando a dominar minimamente os setores da loja. Erro, tento novamente, tenho meus pontos fortes e fracos apontados pela treinadora, que não por acaso é chamada de mãe por vários funcionários.” É contratado em uma lanchonete, franquia de uma multinacional, cenário onde experimenta mudança...