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Mostrando postagens de novembro, 2021
À sombra dos viadutos em flor
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Hoje tem À sombra dos viadutos em flor (SESI-SP Editora, 2018), do Cadão Volpato: O ritmo é o de um (bom) romance, daqueles que não te deixam interromper a leitura. E por materializar informações e nuances sobre a passagem do tempo, te faz ver, sem necessariamente repetir, neste caso, a desgastada frase de que se trata de um texto cinematográfico, apesar de tanto cinema dar espessura a esta narrativa. Cadão Volpato edita fragmentos de seu percurso, com uma abertura (a palavra é essa mesma, não tem outra) felliniana (ou seria volpatiana?) em que o pai (recorrente no imaginário do autor) aparece (de fato, fellinianamente) em uma chaminé. O que a leitora e o leitor vão encontrar nas páginas de À sombra dos viadutos em flor são caminhos que levaram Cadão a materializar o Fellini, uma das mais brasileiras entre as bandas brasileiras, apesar das marcantes referências europeias, entre as quais, Gang of Four e The Stranglers. Fellini também era (e continua sendo), mesmo com o en...
A cor do presente segue disponível para leitura sem custo no aplicativo da Prefeitura de Curitiba
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O meu oitavo livro de contos, A cor do presente (Tulipas Negras, 2019), segue disponível para leitura sem custo no aplicativo Curitiba Lê, da Prefeitura de Curitiba. Outros 200 títulos também podem ser acessados a partir da tela do seu celular. Baixe agora! Play Store https://bit.ly/2HRZEaQ App Store https://apple.co/30LezvM
Pacto
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Hoje tem Pacto (Edição do autor, 2021), do Roberto Nicolato: A narrativa se estrutura a partir de fragmentos do percurso de 3 personagens, Júlio, Anna e Gabriel – e quase todo o texto de Pacto concentra-se na década de 1970, período em que eles eram universitários. O narrador vale-se de trechos de canções de Caetano, Chico, Rita Lee e grande elenco (conteúdo transcrito e repertório da cantora Babel, personagem de Pacto ), para auxiliá-lo na reconstrução do ambiente brasileiro de então, ditadura militar que seguia. Há oralidade, gírias, em um texto livre, leve e solto no qual um dos conflitos que amalgama o trio, aos poucos, é revelado: "Anna bebeu mais cerveja. Gostava da azaração. Ao contrário de Júlio, Gabriel era uma presença real, palpável. Carne e osso. Uma presença que não precisava decifrar. O equilíbrio, a razão da beleza antiga. Um homem a quem poderia depositar o seu destino, sem medo, ou apenas um simulacro? Era completamente diferente de Júlio." O tr...
Vídeo de divulgação da 20.ª edição de "Às vezes, aos domingos"
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"Às vezes, aos domingos" em nova fase
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O projeto mensal on-line "Às vezes, aos domingos", em atividade desde julho de 2020, amplia as suas possibilidades. A partir de agora, a cada edição um escritor paranaense conversa com um autor de outro estado brasileiro. Em 12 de dezembro, a vigésima edição reúne André Sant'Anna e eu, a partir das 17 horas, para um bate-papo sem mediador e com leitura de narrativas. Outra novidade é que os encontros, já na edição de dezembro de 2021, acontecem no canal do YouTube Às vezes, aos domingos. Soma de Ideias, Coalhada Artesanal Preciosa e Tulipas Negras seguem apoiando a iniciativa cultural .
Poesia reunida (1968-2021)
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Hoje tem Poesia reunida (1968-2021) [Editora 34], do Leonardo Fróes: Quatrocentas e vinte e quatro páginas reúnem 10 livros do autor, de Língua franca (1968) a Chinês com sono (2005) – e ainda o inédito A pandemônia e outros poemas (2021), o qual vou comentar já na próxima linha. "A pandemônia" dialoga com o período que teve início em março de 2020, especialmente aqueles dias e noites em que o mundo parecia estar parado: "Alguma coisa estava acontecendo.../ Os soberbos edifícios calados/ enfileiravam-se inertes tristemente./ As torres industriais não vomitavam/ a fumaceira encardida dos seus venenos./ À falta de fiéis, ninguém vendia salvação nas esquinas./ Fecharam-se os bordéis, os bares e os bazares, os bancos./ Ninguém se atropelava, mas quem se arriscaria a namorar,/ se a contaminação da pandemônia estava à solta e invisível?". Não por acaso, a voz poética que observa, e registra, a ausência de movimento urbano é a de um artista que há meio século...
Duas formações, uma história: das ideias fora do lugar ao perspectivismo ameríndio
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Hoje tem Duas formações, uma história: das ideias fora do lugar ao perspectivismo ameríndio (Arquipélago, 2021), do Luís Augusto Fischer: Não ficção, esta é, para mim, uma das leituras mais instigantes de 2021. O professor da UFRGS Luís Augusto Fischer empreende ensaio em busca de nova possibilidade de compreender e estudar a literatura brasileira. Mais até que os apontamentos finais, relevantes, o que também brilha neste livro é o desenvolvimento do ponto de vista de Fischer, especialmente as leituras que ele faz de obras de outros pensadores. Fischer analisa aspectos dos legados de Ángel Rama, Franco Moretti, Mikhail Bakhtin e Stephen Jay Gould, intelectuais com quem o autor gaúcho conversa para encontrar, como o título de um capítulo sinaliza, "Outras maneiras de pensar história da literatura". Vale transcrever o trecho da página 295, em que Fischer resume como ele estabelece conexões com os 4 pensadores mencionados no parágrafo anterior (e em parte expressiva...