ORIGAMI
As cores no piano
ignoram a terceira
que repara na sombra
de novo um fruto.
Nuances passam frias
do resíduo diálogo
segundo o olho fora,
imposição.
Manchas se fazem mãos
móveis pelo papel.
Se duvidas, amassam
o continente.
E farão desse céu
triângulo, esfera
capaz de moto próprio,
outra pupila.
Poema de Moacir Amâncio
publicado em Figuras na sala (1996) e em Ata (2007).
Comentários
Postar um comentário