neste interlúnio
Neste
interlúnio
Sou um
dilúvio ou me afogo.
E entre
espectros que comprimem,
Nada se
cumpre,
O
destino esfarela.
De
querela e farinha se ergue um olho.
As
vozes despetalam,
Os
períodos se abrandam,
Orações
inteiras lentas se consomem,
Em
poços há sumiço de palavras moucas.
Neste
interlúnio
Sou
fagulha ou hulha inerte.
Enorme
berne entra corpo adentro,
Entre
os dentes, carne.
Arde o
ente e cospe,
Cuspe
inútil invadindo espaço.
Moléculas
moles coleando,
Víboras
vagas se rimando,
Poetas
quietos entreolhando
Coisas
coisas que falecem.
Neste
interlúnio,
Sou
coisa ou poeta.
agosto/68
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