Postagens

Mostrando postagens de abril, 2022

Vídeos caseiros

Imagem
  Hoje tem Vídeos caseiros (Corsário-Satã, 2021), do Marcelo Montenegro: Em "Movimento dos barcos", Marcelo Montenegro recria encontros, talvez desencontros, com Jards Macalé, e fala de sua admiração pelo autor de "Mal secreto". "O Fumante" traz recortes do cotidiano de quem trabalha (escrevendo) em um apartamento e durante intervalos observa fragmentos da rotina de vizinhos: "Vejo os dois várias vezes ao longo do dia. Fico pensando que eles também devem ter criado alguma narrativa sobre mim." "Movimento de barcos" e "O Fumante" são momentos de excelência de Vídeos caseiros , livro que reúne textos de Marcelo Montenegro postados em blogs e Facebook desde 2000, 2001. Mas as duas crônicas não são os únicos destaques da coletânea. É uma questão de afinidade indicar determinado texto de Vídeos caseiros , por isso escolho "Walkscapes", em que, dialogando com o italiano Francesco Careri, Marcelo valoriza a cid

All Star

Imagem
 

In My Life

Imagem
 

Religare

Imagem
 

Um letreiro em SP

Imagem
  Clique do Celso Sabadin.

"Às vezes, aos domingos" 25

Imagem
  Luiz Andrioli e Henrique Rodrigues são os convidados da 25.ª edição de "Às vezes, aos domingos". Sem mediador, eles vão se entrevistar e ler narrativas. O encontro acontece em 15 de maio, a partir das 17 horas, com transmissão pelo canal do YouTube Às vezes, aos domingos. Soma de Ideias, Coalhada Artesanal Preciosa e e Tulipas Negras apoiam a iniciativa que idealizei em parceria com o Guido Viaro.

É hoje!

Imagem
 

Todo maldito santo dia

Imagem
  Hoje tem Todo maldito santo dia (Nave, 2014), do Paulino Júnior: Em "Debate sobre o cheiro do operário cupim", o odor causado pela atividade do protagonista vai provocar efeitos indesejáveis. No conto "A mascote", a presença de um ser enigmático assombra funcionários de um hipermercado. Já em "Maquinomem feliz", um personagem vai dar muito mais do que o suor pela e para a empresa (e para os clientes): "Faz pouco tempo que me contou e pediu segredo sobre o progresso de implantar coisas produzidas em seu corpo na comida. Ainda que ele tivesse consciência de que as pessoas comem com tanta vontade que mal se dão conta do que estão jogando para dentro, não queria continuar correndo o risco de incorporar matérias que pudessem se prender entre os dentes do consumidor, colar na língua, ou aparecer de repente na superfície clara do pão. Além do mais, não estava sentindo tanta satisfação quanto sentiu ao integrar o próprio esperma no hambúrguer em co

A palo seco

Imagem
 

Inocentes do Leblon

Imagem
  Os inocentes do Leblon não viram o navio entrar. Trouxe bailarinas? trouxe emigrantes? trouxe uma grama de rádio? Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem. Poema de Carlos Drummond de Andrade.

Pedala, Raul!

Imagem
Copacabana, 1973.  

Estoy Aquí

Imagem
 

É neste domingo (24)!

Imagem
 

A lua vem da Ásia

Imagem
  Hoje tem A lua vem da Ásia (Autêntica, 2016), do Campos de Carvalho: Alguém pode definir este livro como uma sequência de nonsenses – não seria a melhor elaboração, nem erro completo. O narrador diz (blefando?) não saber se está em um hotel ou hospício, e, no "Capítulo CLXXXIV", por exemplo, informa que esteve em Cochabamba, Cuzco, ilha de Sumatra, Beira e Nova York. Já no "Cap. 71", acrescenta que passou por Cádiz, Coimbra, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Tóquio. E as ações? O narrador afirma (brincando?) que aprendeu a tocar berimbau no Conservatório de Varsóvia, caçou elefantes na África Equatorial, traficou cocaína e escravas brancas, elegeu-se senador, foi agente secreto, barman e, entre várias atividades, ilusionista. O narrador conta que o nome dele era Adilson, "mas logo mudei para Heitor, depois Ruy Barbo, depois finalmente Astrogildo, que é como me chamo ainda hoje, quando me chamo." Ruy Barbo seria uma alusão a Ruy Barbosa? Não sei. Fato é qu

Amém

Imagem
 

Fragmento de "As afinidades eletivas"

Imagem
  A convite do Marcelo Lotufo, leio um fragmento de "As afinidades eletivas", do Goethe (em tradução do Tercio Redondo), para um projeto do Instituto Goethe. Ouça aqui.

Geraldo Magela (1956-2022)

Imagem
  Curitiba é um palco, um velho cenário, uma cena de novela, por baixo das marquizes uma urbe trágica, visível e risível se re(fa)vela... Poema publicado no livro Curitiba nunca se sabe (2015).

O mundo é um moinho

Imagem
 

Essa Pessoa

Imagem
  Arte do Allan Sieber. Para mais informações clique aqui.

A hora dos ruminantes

Imagem
  Hoje tem A hora dos ruminantes (Companhia das Letras, 2015), de José J. Veiga: O aparecimento de desconhecidos, e o temor do que eles possam vir a fazer, desestabiliza os moradores de Manarairema, cenário de A hora dos ruminantes , narrativa de José J. Veiga (1915-1999) publicada em 1966: Com variados pontos de vista, o enredo revela como a presença dos invasores transforma o cotidiano da cidade inventada pelo escritor goiano que se radicou no Rio de Janeiro: "Havia também os que não se importavam com os homens da tapera, ou achavam que podiam viver sem tomar conhecimento deles. Pedrinho Afonso era um desses." Ainda é possível ter acesso ao imaginário de Manarairema, por exemplo, por meio de uma das falas do personagem Amâncio, em que o interlocutor é Apolinário: "– Você não precisa ter tanto medo deles. Até que eles ainda não fizeram mal a ninguém. São gente educada, sabem conversar sem ofender." E, então, Manarairema sofre um literal ataque dos cães

Sujeito de Sorte

Imagem
 

Coalhada Artesanal Preciosa é cultura e é saúde!

Imagem
  A Coalhada Artesanal Preciosa apoia "Às vezes, aos domingos", projeto que inventa palco virtual para escritoras, escritores e poetas do Brasil. Se você gosta da proposta cultural, apoie a Coalhada Artesanal Preciosa encomendando as coalhadas obras-primas da chef Stella Maris Gemin. Faça o seu pedido pelo WhatsApp 41 99156-1623. Coalhada Artesanal Preciosa é cultura, experimente!

Pangeu ao vivo em Curitiba

Imagem
 

Amanhã (6): André Sant'Anna em SP

Imagem
 

Lygia (1923-2022)

Imagem
 

A vida não tem cura

Imagem
  Hoje tem A vida não tem cura (Editora 34, 2016), de Marcelo Mirisola: O destino do protagonista é uma sucessão de desastres, como se ele fosse personagem da Bíblia , especialmente do Antigo Testamento, ou de Dalton Trevisan, condenado à danação. Marcelo Mirisola também inventa universo próprio, o que inevitavelmente acontece em A vida não tem cura . Luís Guilherme, personagem central e narrador, é um professor particular de matemática ou, como a narrativa o apresenta, professorzinho de matemática delivery. Ele apaixonou-se por Natasha – "o nome dela é Belzebu mas também atendia por Natasha". "Em 1999 morávamos na Vila Prudente, no sobradinho anexo à casa de mamãe". Entre os livros (relativamente) recentes de Mirisola, A vida não tem cura é um título em que o autor não elogia a si mesmo, grande escritor que é, e também não vandaliza a literatura brasileira contemporânea – há poucas e sutis estocadas. Nesta obra, os alvos de desconstrução são, princi