Décima edição de "Às vezes, aos domingos" é destaque no Curitiba de Graça

 

O Curitiba de Graça destaca a décima edição de “Às vezes, aos domingos”, confira:

 

Eles são poetas-jornalistas leitores de Hilda Hilst, Julio Cortázar, Philip Roth, Jorge Luís Borges, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa e Raduan Nassar. Ela Nasceu em São Paulo, ele, em Foz do Iguaçu – ambos vivem em Curitiba. Prosador, ele experimentou o teatro, ela, a dança. Fábio Campana e Marianna Camargo são os convidados da décima edição de “Às vezes, aos domingos”, projeto idealizado por Guido Viaro e Marcio Renato dos Santos com a finalidade de dar visibilidade a autores paranaenses.

 

Em 21 de março, a partir das 17 horas, Marianna e Campana se entrevistam, leem poemas e dialogam a respeito de questões culturais no Instagram @maricotacamargo.

 

Iguaçuense radicado há décadas na capital do Paraná, Fábio Campana é um dos mais conhecidos jornalistas em atividade no Estado. Ele estreia em uma live neste projeto. “Evitei ao máximo participar de uma live até por ter outras prioridades. Prefiro os livros, o cinema, a música e outras urgências. Mas resolvi participar de uma live por ser uma edição de ‘Às vezes, aos domingos’, um dos projetos culturais mais relevantes realizados nos últimos tempos”, afirma Campana, autor, entre outras obras, dos romances O guardador de fantasmas (1996) e Ai (2007) e dos livros de poemas Paraíso em chamas (1994/2013), E coisas extraordinárias aconteciam (2016) e O ventre, o vaso e o claustro: canções de ex-menino para amor sem nome (2017).

 

Paulistana radicada em Curitiba, a exemplo de Campana, Marianna Camargo ainda não participou de lives. “Mas creio que será uma experiência surpreendente”, diz a autora de Salto, reunião de poemas e crônicas com ilustrações de Marciel Conrado – livro contemplado no edital “Outras Palavras”, do Governo do Paraná, em 2020, com previsão para ser publicado nos próximos meses.

 

Projeto original

De acordo com Fábio Campana, Guido Viaro e Marcio Renato dos Santos idealizaram uma proposta, no mínimo, necessária, em que escritor(a) entrevista escritor(a).

 

“É uma ideia simples, mas, talvez por isso mesmo, impecável. Nem sempre, mas muitas vezes os mediadores atrapalham um bate-papo. Já artista entrevistando artista é outra possibilidade. Um tigre identifica e conhece o outro tigre”, comenta o editor da Travessa dos Editores.

 

Em sintonia com o discurso de Campana, Marianna Camargo dispara: “A possibilidade de entrevistar e ser entrevistada por Fábio Campana também me estimulou a participar, pois achei o projeto inédito e original. Além do mais, será uma honra ser entrevistada por ele”, diz a jornalista, poeta e escritora.

 

Fábio Campana tem convicção de que Marianna Camargo é uma das vozes mais criativas da poesia contemporânea. Este ano, a Travessa dos Editores vai publicar Irreversível, obra com 50 poemas produzidos por Marianna nos últimos 20 anos.

 

“Tive a honra de selecionar os textos poéticos e ainda tenho a satisfação de assinar o prefácio. O Brasil, que ainda desconhece, vai ter a oportunidade de conhecer uma voz poética única, peculiar e potente”, diz Campana, acrescentando que, para ele, conversar com a Marianna é sempre uma alegria, “um evento”.

 

“Ela atuou por anos na Ideias, onde deixou um legado no jornalismo, com texto preciso e apurado. Marianna brilha por onde atua. Grande jornalista. Será formidável entrevistar e ser entrevistado pela Marianna”, completa.

 

Diálogos: poesia

Fábio Campana faz questão de enfatizar que “Às vezes, aos domingos”, projeto com apoio da Soma de Ideias e da Tulipas Negras, tem as digitais do Guido Viaro, mas também as marcas do inquieto e original escritor Marcio Renato dos Santos, na definição de Campana, “um dos grandes agitadores culturais”. “Nem preciso citar, basta conferir o currículo dele para saber do que estou a falar: pluralidade, repertório, empatia e competência”, diz.

 

Além de novidades, Campana relê a obra do Enrique Villa-Matas, em tradução da Josely Vianna Baptista, e livros de Octávio Paz, Maria Esther Maciel, Rubem Braga, Pedro Nava, Décio Pignatari, Wilson Bueno, Dalton Trevisan e, com muita freqüência, revisita a produção do Guido Viaro, autor de 19 romances, o mais recente dele, O Cubo Mágico, vencedor do Prêmio Biblioteca Digital, da Biblioteca Pública do Paraná, em 2020.

 

“Mas não é pela premiação, e sim pelo que a obra do Guido Viaro representa e significa, ao tratar do ser humano a partir de uma possibilidade filosófica que discute a existência. Guido é um grande autor, uma das vozes mais sofisticadas e necessárias do nosso tempo”, define Campana.

 

Já Marianna Camargo revisita, entre outros, a ficção de Haruki Murakami, Juan Carlos Onetti, Lourenço Mutarelli e, especialmente, Valter Hugo Mãe – “autor que considero um assombro: pela sua linguagem, pela beleza carregada de dor, delicadeza e mistério”.

 

Para Marianna, a literatura de Valter Hugo Mãe parece levar o ser humano ao outro lado da margem: “Flui e ao mesmo tempo arrebata, como se estivéssemos naquele momento do antes e depois da tempestade. ‘A desumanização” é um nocaute à Muhammad Ali, avassalador”.

 

Paulo Venturelli, Andréia Carvalho Gavita, Roberto Nicolato, Francine Cruz, João Lucas Dusi, Eliege Pepler, Carlos Machado, Jô Bibas, Alvaro Posselt, Jaqueline Conte, Jonatan Silva, Otto Leopoldo Winck e Willy Bortolini são alguns dos escritores que já participaram do projeto.

 

Outras informações sobre “Às vezes, aos domingos” estão disponíveis no Instagram @somadeideias e no AQUI.


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