“Às vezes, aos domingos” carnavaliza o Carnaval 2021 com Paulo Venturelli e Eliege Pepler
O Blog do Tupan destaca a nona edição de “Às vezes, aos domingos” em pleno domingo de
carnaval, 14 de fevereiro, com Paulo Venturelli e Eliege Pepler. Confira:
O
domingo do Carnaval 2021 vai ser agitado nas redes sociais com uma atração
cultural inédita para a data, dia 14 de fevereiro, Paulo Venturelli e Eliege
Pepler conversam – a partir das 17 horas – sobre literatura, poesia e criação
artística no Instagram @eliegepepler.
O
encontro marca a nona edição de “Às vezes, aos domingos”, projeto mensal
on-line criado e com curadoria de Marcio Renato dos Santos e Guido Viaro. A
proposta é divulgar escritores paranaenses ou radicados no Paraná – já
participaram da iniciativa, entre outras vozes, Andréia Carvalho Gavita,
Roberto Nicolato, Francine Cruz, João Lucas Dusi, Carlos Machado, Jô Bibas,
Alvaro Posselt, Jaqueline Conte, Jonatan Silva, Otto Leopoldo Winck e Willy
Bortolini.
Catarinense
de Brusque radicado desde 1974 em Curitiba, Paulo Venturelli faz uma observação
sobre este evento realizado em pleno Carnaval. “Já que não dá pra sair e
festejar, é possível ir à tela ver/ouvir alguém falando, talvez trazendo um
brinde à vida nestes tempos de morte. Carnaval é vida. Literatura é vida
recriada”, comenta o escritor que tem dois imóveis em um mesmo prédio – em um
deles, ele vive, no outro guarda e relê os 15 mil títulos que comprou e leu
durante décadas.
Carnavalizando
com literatura
Doutora
em Letras pela UFPR e professora de literatura e língua portuguesa no IFPR, a
curitibana Eliege Pepler afirma que participar de uma live sobre literatura,
como “Às vezes, aos domingos”, é um presente.
“Porque
acredito ser um espaço para falar sobre o que mais gosto, a leitura literária,
e o quanto ela me move na criação de outros mundos possíveis”, diz a autora
de Histórias Esquecidas, livro de contos contemplado no edital “Outras
Palavras”, do Governo do Paraná, em 2020.
Professor
aposentado da UFPR, Venturelli analisa que participar de “Às vezes, aos
domingos” é, em primeiro lugar, um ato de resistência ante tantos descalabros
pelos quais o Brasil passa “capitaneado por obscurantistas”.
“Também
é uma forma de levar um pouco do meu trabalho a outros”, completa Venturelli,
acrescentando ainda que este projeto – em alguma medida – estimula a leitura.
“Quem sabe uma pessoa, da audiência, venha a procurar meus e outros livros e
assim iniciar um processo de leitura que o leve a pensar com mais clareza a si
mesmo e ao mundo que o cerca. Literatura é uma arte inquietante e só pessoas
inquietas pensam e procuram alterar algo no mundo, saindo da bovinização”, diz
Venturelli, autor de uma dezena de títulos – o mais recente é Três Contos (2020).
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